Encaro o fundo de um copo, vazio.
Encontro o nada.
E a cada copo vazio, sinto que morro.
Acendo um cigarro, enfumaçado.
Encontro o nada.
E a cada cigarro apagado no cinzeiro, sinto que morro.
E me matando aos poucos vejo que ainda vivo.
Ora, não quero me matar!
Quero viver!
Mesmo que seja dolorido.
Quero viver!
E quando eu jogo o copo fora e limpo meu cinzeiro
eu liberto de mim mesmo uma agonia insurportavél.
E vejo que sempre fui feliz.
E a partir de agora sempre serei
Olho pro céu, negro.
Encontro o tudo.
Olho dentro de mim, limpo.
E encontro o tudo.
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